Carne cultivada é agro!
A agropecuária brasileira desempenha um papel vital na economia global, especialmente na produção de alimentos. Nesse contexto, a carne cultivada se destaca como uma inovação muito importante. Embora envolva células cultivadas em laboratório, tanto numa fase inicial de desenvolvimento como para fins de pesquisa, essa carne é, em sua essência, um produto agropecuário que será produzido em biorreatores, mais ou menos como acontece na produção de vinho e iogurte, utilizando insumos agrícolas e promovendo alimentos sustentáveis, saudáveis e um futuro mais verde.
À medida que a carne cultivada ganha espaço como uma alternativa viável e sustentável, reduzindo a pressão sobre os ecossistemas e abordando questões de bem-estar animal e saúde pública, qual país vai querer ficar de fora dessa revolução alimentar? Portanto, é de interesse global adotar essa tecnologia inovadora! Por exemplo, há uma ordem executiva do governo dos EUA que tem como objetivo acelerar os avanços nesse campo e tornar o país líder no setor até 2025, promovendo a segurança alimentar global e garantindo sua posição futura no cenário mundial de produção de alimentos.
No Brasil, o Governo do Estado do Paraná e o Governo Federal já reconheceram o potencial da carne cultivada e começaram a investir na pesquisa e no desenvolvimento dessa nova área. Esses investimentos impulsionarão a inovação no setor agroindustrial brasileiro e, se forem ampliados, posicionarão o país como um líder em pesquisa e produção de carne cultivada na América do Sul e no mundo. Um exemplo é o NAPI Proteínas Alternativas (Novos Arranjos em Pesquisa e Inovação em Proteínas Alternativas), uma aposta da Fundação Araucária, agência de fomento à pesquisa do Paraná, que trouxe apoio para pesquisa, ensino e extensão em proteínas alternativas.
O Brasil depende de investimentos na agricultura celular para manter sua posição entre os países maiores produtores de alimentos do mundo.